Coordenadoria de Relações Internacionais

Coordenadoria de Relações Internacionais

Nome: Rafael Braz da Paz Oliveira
Curso: Letras – Português/Espanhol
Destino: Colômbia
Universidade de destino: Universidade Santo Tomas
Período: Um semestre letivo referente ao ano de 2015
Tipo de Mobilidade: BRACOL

 

Ahhh, Colombia!

Querido leitor,

Se você leu esse “Ahhh” como um medo (susto), você esta certo. Mas se leu como um suspiro de amor, você continua tendo toda razão, ou talvez tenha lido como um grunido de raiva, nesse quesito te recomendo um maracujá, pois não encontrei motivos para aborrecer por aquí, realmente é um sonho realizado.

Vai sozinho? Você não tem medo? Como vai se virar por lá? E a faculdade o que vai fazer?

Essas foram perguntas feitas e repetidas várias vezes por amigos e familiares antes de vir, e sim, eu tive medo (escondido claro, não dizia aos demais isso), medo de avião, medo de “apanhar” do idioma, medo da solidão, medo de faltar dinheiro, medo de não acompanhar a faculdade, principalmente medo de sair de minha zona de conforto, mas no fundo mesmo, são esses mesmos medos que nos motivam ainda mais a fazer o intercâmbio e são eles que tornam ainda mais linda toda a experiência.

Se você tem o medo da solidão, relaxe, fiz mais amigos do que se poderia fazer em um primeiro dia de aula em uma nova escola, pois, assim como eu, vieram vários intercambistas de outros países e, por consequência, novas historias, experiências, costumes, intrigas (não, não brigamos: apenas competimos para ver quem defende mais sua patria)e é nesses momentos que paramos de observar a grama verde do vizinho, e mostramos o verdadeiro potencial de nosso jardim, das nossas palmeiras onde cantam os sabiás, realmente as aves que aquí gorjeiam, não gorjeiam como lá.

Fazer um intercâmbio é entregar-se ao aprendizado, crescer intelectualmente. Quanto à faculdade, realmente temos um ritmo distinto, afinal são outros métodos didáticos e teóricos, mas como o ser humano tem a habilidade de se adaptar, nada é um desafio impossivel. Motivo de estar dizendo tudo isso? Fácil: tenho uma pessoa que faço questão de deixar umas linhas de homenagem, pois foiela que me inspirou a sequir a carreira docente e a de um viajante aprendiz, à essa só tenho a agradecer e da mesma forma que ela me inspirou gostaria de inspirar os Uenpianos a fazer o mesmo, somos nosso próprio limite, devemos nos deixar viver e conhecer. Enfim, meu leitor, bote a cara no sol, se joga no escuro, FAÇA UM INTERCÂMBIO, só não deixe o forninho cair (sim, as expressões e gírias brasileiras também fazem falta e perdi várias piadas).

 

 

Nome: María Camila García
Curso: Administração
Destino: Campus de Cornélio Procópio
País de Origem: Colômbia
Período do Intercâmbio: 07/2015 a 11/2015
Tipo de Mobilidade: BRACOL

Nome: Aristóteles Boaventura Da Costa Massaque

 

Graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

 

Mestrado em Ciência Jurídica - UENP

 

País: Angola

 

Período do Intercâmbio: 06/02/2015 a 06/02/2017

 

Tipo de Mobilidade: Inbound

 

  Cursar Mestrado era uma prioridade, ingressar na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) foi a concretização de uma meta. No princípio passei por uma série de mudanças, por exemplo: tive que adaptar-me a cidade, fazer novas amizades e me integrar aos grupos sociais aqui existentes. Agradeço a Suélem Bruna pela indicação do Programa de Mestrado e auxílio no processo de inscrição ao mesmo. Sou também grato pela atenção prestada pela Maria Natalina Costa, secretária do Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da UENP, e que me foi muito solicita em todos os procedimentos, da inscrição à matrícula. Sinto-me honrado por fazer parte da XII Turma do Mestrado em Ciência Jurídica da UENP. Partilho a sala de aula com colegas que merecem a minha admiração pela experiência profissional e nível de conhecimento acadêmico e prático em Direito que possuem. Admiro o método de ensino dos professores, estes com currículos bem conceituados e que adotam adequada postura investigativa na execução do processo de ensino/aprendizagem, construindo conhecimento a partir da prática de pesquisa. Ademais, há uma integração entre alunos e professores, e disponibilidade destes últimos fora do local de ensino, o que faz com que a qualidade na formação dos discentes que supere as específicas. Não poso deixar de agradecer também às pessoas excepcionais que têm me ajudado a superar problemas de várias ordens: meus “manos” Augusto Moreira, Matheus Pires e Gabriel Campana. “Juntos temos um cuidado mútuo, vocês tudo fazem para que eu me sinta em casa. ‘Manos’, naquela base, abraços!”. Termino agradecendo ao Prof. Me. Luiz Fernando Kazmierczak, Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), ao  Prof. Dr. Fernando de Brito, Alves, Coordenador Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da UENP e, mais uma vez, à Maria Natalina Costa, secretária do Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da UENP. A todos vocês meus sinceros agradecimentos e pela calorosa recepção, não poupando esforços para minha instalação e adaptação à cidade. Estendo os meus agradecimentos à Dra. Fátima, Magnífica Reitora da UENP, ao Dr. Fabiano Costa, Vice Reitor da UENP, e à Dra. Eliane Registro, Coordenadora de Relações Internacionais da UENP. Além disso, meus agradecimentos a todos os funcionários e colaboradores da UENP que formam um elenco de ouro que sabiamente têm levado o nome da UENP para além das fronteiras brasileiras.

  A Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais – ABRUEM, por intermédio da Câmara de Internacionalização e Mobilidade, realizou, nos dias 13 e 14 de julho, na sede da Reitoria da UNESP, Reunião Técnica Institucional do Programa de Mobilidade Nacional.

 

  A pauta principal abordada na referida reunião foi a Mobilidade Nacional e Internacional das Universidades filiadas à ABRUEM. No dia 13, abriram o evento a Presidente da ABRUEM e Reitora da UESC, Profª. Adélia Pinheiro, juntamente com o Prof. Julio Durigan, Reitor da UNESP. No mesmo dia, o Prof. José Celso Freire Junior, Assessor de Relações Externas da UNESP, palestrou sobre o tema Internacionalização Universitária. Logo depois, o Prof. Gilson Scharnik, Coordenador Geral de Relações Internacionais da UEG, apresentou a proposta da Mobilidade Nacional, lançada no final de 2014, por meio de um acordo geral da ABRUEM e com previsão de intensificação e desenvolvimento de regulamentação interna das IES participantes para 2016.

 

  No dia 14, o Prof. Paulo Sergio Wolff, Reitor da UNIOESTE e Presidente da Câmara de Graduação da ABRUEM, abordou o assuntos inerentes à Graduação e Mobilidade. Em seguida, diversos representantes presentes participaram do Grupo de Trabalho da Mobilidade Nacional, para tratar dos seguintes temas: 1) viabilização de financiamentos, 2) implementação de reconhecimento de créditos, 3) capacitação das universidades para inclusão no programa de mobilidade e 4) ações necessárias para a sua implementação efetiva. O encerramento do evento ocorreu às 12h, com a elaboração de um documento conjunto com as diretrizes fundamentais para o seu funcionamento.

 

  A reunião contou com a presença da Coordenadora de Relações Internacionais, Profa. Eliane Segati Rios Registro, a Diretora de Acompanhamento Acadêmico, Profa. Ana Paula Belomo Castanho, ambas representando a UENP. Ainda, com os representantes das Relações Internacionais e Pró-Reitores de Graduação das Universidade Municipais e Estaduais afiliadas à ABRUEM.

  A Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) lançou, no mês de junho, site totalmente dedicado às demandas de internacionalização da Instituição. O site, que traz informações gerais sobre programas vinculados ao CRI, busca ampliar a possibilidade de comunicação sobre atividades de natureza cultural, científica, tecnológica e de intercâmbio internacional de docentes e discentes.

   Como salienta a coordenadora de Relações Internacionais da UENP, Eliane Segati Rios Registro, o site deverá contribuir, significativamente, para as atividades da Coordenadoria. “O CRI trabalha também com a função de formular políticas de relações internacionais e estabelecer relacionamento com as estruturas de relações internacionais de outras universidades ou instituições de pesquisa, dentre muitas outras atividades, e este site representa uma grande oportunidade de ampliar a comunicação com nossos professores e acadêmicos para acesso a todas essas informações”, ressalta Eliane.

  No Menu Principal da página, podem ser acessadas todas as informações sobre convênios e programas, países com os quais a universidade possui parceria, editais, e programas de mobilibilidade como o Ciência Sem Fronteiras, Rede Zicosur Universitária e Santander Universidades. No site, interessados podem acessar ainda o menu Idioma Sem Fronteiras que oferece, gratuitamente, sete cursos de diferentes línguas, e o Programa Paraná Fala Inglês, ações dos governos federal e estadual que buscam contribuir para o desenvolvimento linguístico de acadêmicos e professores. O site foi desenvolvido por Rogério Matsui Guenta, do Núcleo de Tecnologia e Processamento da Informação da UENP.

CRI

  A Coordenadoria de Relações Internacionais (CRI) da UENP atende a comunidade universitária dos campi de Cornélio Procópio, Jacarezinho e Luiz Meneghel – de Bandeirantes - em relação aos assuntos que envolvam relações internacionais. 

  O acadêmico Pedro Henrique Noronha Quesada, do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus Luiz Meneghel de Bandeirantes, realizou, por 11 meses, intercâmbio na modalidade de graduação sanduíche na Irlanda. A mobilidade foi realizada por meio do programa Ciências Sem Fronteiras do Governo Federal, com o apoio da Coordenadoria de Relações Internacionais da UENP.

  De junho de 2014 a maio desse ano, Pedro estudou na Mary Immaculate College (Faculdade Maria Imaculada), localizada na cidade de Limerick, na Irlanda. Durante o período em que esteve na Irlanda, Pedro foi aluno do curso de Geografia, com ênfase em Ciências Naturais, que ofereceu viagens de campo por boa parte do país, respeitando e assimilando os conteúdos da grade curricular da UENP.

  Pedro conta que o maior desafio foi o inglês. “Uma nova língua é difícil até para quem já a domina, por isso a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) ofereceu alguns meses de curso de Inglês antes de embarcar para a nova Universidade”, comenta. “No começo foi difícil acostumar com os novos métodos e regras da Universidade. Todos os trabalhos são redações de no mínimo duas mil palavras, mas para isso existem diversos órgãos no campus para te auxiliar”, explica o estudante.

  Ao retornar para o Brasil, Pedro ressaltou que o intercâmbio é uma experiência sem igual. “O período engrandece a pessoa e aumenta as maneiras de enxergar o mundo. As novas descobertas e os novos conhecimentos fazem com que a experiência acadêmica seja muito importante. Estar em outro país, em outra universidade, com pessoas e idioma diferentes, torna-se algo muito importante”.

  Conforme salienta a coordenadora de Relações Internacionais da UENP, Eliane Segati Rios Registro, participar do programa Ciência Sem Fronteiras, na modalidade graduação sanduíche, dá a oportunidade aos alunos de conhecerem um diferente mundo acadêmico. “Esperamos que o resultado dessa experiência contribua, de fato, para a vida de nossos alunos e para o desenvolvimento da UENP nas mais diferentes esferas”, finaliza Eliane.

  A Coordenadora de Relações Internacionais da UENP participou, na manhã do dia 26 de junho de 2015, da reunião dos Assessores de Relações Internacionais na SETI ( Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior). Os principais pontos abordados foram: 1) a apresentação de resultados da primeira fase do Programa Paraná fala Inglês para avaliação, bem como proposta de nova fase a ser inciada em março de 2016 para continuidade do programa, visto ser uma das metas estratégicas da SETI; 2) formalização da parceria entre os Assessores de Relações Internacionais e a SETI,  por meio da constituição de um Fórum de Assessores,  a fim de articular as demandas das IES com as ações da SETI e os editais da Fundação Araucária; 3) necessidade de  produção de Catálogos bilíngues das IES do estado do Paraná, uma vez que o Secretário apoia a divulgação das universidades nos eventos de educação internacional; 4)  acordo de mobilidade SETI/Rede Zicosur Universitário, por meio da solicitação dos assessores quanto à atualização  orçamentária do Programa (2014)  para participação de um docente já selecionado e uma discente a ser selecionado em 2015, no caso da UENP. 

  A reunião contou com a presença do Secretário da SETI, Prof. João Carlos Gomes e da Coordenadora de Ciência e Tecnologia, Sueli Rufini. Ainda, da Coordenadora de Relações Internacionais da UENP, Eliane Segati Rios Registro e dos seguintes Assessores: Margie Rauen (UNICENTRO), Gisele Onuki (UNESPAR), Manuel Simões (UEL), Jeanne Mons (UEPG),  Carlos Alberto Piacenti (UNIOESTE) e Silvana Marques de Araújo (UEM).

  Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da UENP recebe seu primeiro aluno estrangeiro.

Aristóteles Boaventura da Costa Massaque é natural de Angola e concorreu a uma vaga ofertada para aluno estrangeiro no começo do ano letivo de 2015.

  Ele vai dar início as atividades do programa nesta semana. É um importante passo na internacionalização do Mestrado, que demonstra sua capacidade de atrair discentes de fora do país.

  Para assegurar que o discente tenha condições de permanência no país foi concedida uma bolsa da CAPES.

  A iniciativa também conta com o apoio da Coordenadoria de Relações Internacionais da UENP e da Casa do Estudante do Diretório Acadêmico Otávio Mazziotti.

Os acadêmicos do curso de Direito da UENP, Marco Antonio Turatti Junior e Eric Bortoletto Fontes, participaram da Competição de Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos da Universidade de Direito de Washington, nos Estados Unidos. O tema, neste ano, foi "Justiça Transicional, Direitos Humanos e Lei Humanitária", e tratou de uma violação de Direitos Humanos de vítimas de um estado fictício, na transição de um governo para o outro.

Desde 2012, a UENP manda suas equipes para os EUA, e, segundo a direção do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA/UENP), vem colhendo bons resultados e ótimas contribuições para o ambiente acadêmico. De acordo com Marco, um dos competidores, eles treinaram desde o final do ano passado, após o resultado da prova seletiva do grupo de estudos "Responsabilidade Internacional do Estado e Direitos Humanos", sob a orientação do professor Fernando de Brito Alves.

"Foi uma grata experiência e diferente de tudo o que eu já participei até hoje, desde o contato com novas culturas até a experiência da simulação de um julgamento internacional. Tive um crescimento como acadêmico, mas também um amadurecimento como pessoa e defensor dos direitos humanos. Só posso agradecer essa oportunidade à Universidade", diz Marcos. Ele pontua que o treinamento de oratória e postura para a simulação, do curso British Council - Researcher Connect, oferecido pela UENP, "deram dicas de apresentação valiosas para a competição".

Eric comenta que "A competição simulada em Washington é uma das maiores oportunidades que a graduação da UENP proporciona ao estudante de Direito, sendo que são pouquíssimas universidades brasileiras que a fornecem". O aluno ressalta ainda que "Esse sonho só se tornou realidade graças ao auxílio de todos os envolvidos, principalmente na figura da coordenadora de Relações Internacionais, Eliane Segati, e o professor Fernando Brito".

Para conquista das duas vagas disponibilizadas para o curso, os alunos desenvolveram um memorial, documento escrito que é a primeira parte da competição, onde explicaram os argumentos e fatos que seriam defendidos na Competição nas rodadas orais. Com este trabalho pronto, a Universidade ficou em 5º lugar (melhor memorial de vítimas em português) e 27º lugar entre todas as equipes participantes, que contou com a presença de equipes do mundo todo, incluindo Canadá, Jamaica, Bélgica, e mais de vinte equipes de universidades brasileiras.

A Competição

A Competição de Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos é uma competição única e trilíngue (inglês, espanhol e português) estabelecida para treinar estudantes de Direito no uso do sistema legal interamericano como um fórum legítimo para a reparação de violações de direitos humanos. Desde seu princípio, em 1995, a competição anual treinou mais de 1000 participantes, estudantes e professores de mais de 100 universidades nas Américas.

O caso hipotético funciona como a base da competição e trata de temas atualmente debatidos no sistema interamericano. Os estudantes debatem o caso através de um memorial escrito e de argumentos orais apresentados perante especialistas em direitos humanos que atuam como a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Primeiramente, as equipes se inscrevem e recebem um número de Equipe e um papel: defensores do Estado ou das vítimas. A Competição é baseada em um caso hipotético escrito por especialistas no Sistema Interamericano de Direitos Humanos (advogados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, um antigo Relator dos Direitos Indígenas para a OEA, líderes de ONGs eminentes) e reflete uma questão atualmente debatida na região interamericana.

As Competições já trataram de temas como: estado de emergência, liberdade de expressão, discriminação sexual e estupro, liberdade de imprensa, direito à vida, tortura, direito a um julgamento justo, sindicatos de trabalhadores, direitos indígenas, terrorismo, direitos das pessoas descapacitadas, entre outros. O caso hipotético funciona como a base da competição e trata de temas atualmente debatidos no sistema interamericano. Em 2015, a competição completou o seu vigésimo aniversário e contou pela quarta vez com a participação dos alunos da UENP.

A competição Inter American Human Rights Moot Court consiste num julgamento simulado da Corte Interamericana de Direitos Humanos, organizado pela American University, que ocorre anualmente no mês de maio, na cidade de Washington, D.C, nos Estados Unidos.

A Competição de Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos é uma competição única e trilíngue (inglês, espanhol e português) estabelecida para treinar estudantes de Direito no uso do sistema legal interamericano como um fórum legítimo para a reparação de violações de direitos humanos. Desde seu princípio, em 1996, a competição anual treinou mais de 1000 participantes, estudantes e professores de mais de 100 universidades nas Américas e além deste continente.

Primeiramente, as equipes se inscrevem e recebem um número de Equipe e um papel: defensores do Estado ou das vítimas. A Competição é baseada em um caso hipotético escrito por especialistas no Sistema Interamericano de Direitos Humanos (advogados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, um antigo Relator dos Direitos Indígenas para a OEA, líderes de ONGs eminentes) e reflete uma questão atualmente debatida na região interamericana. As Competições já trataram de temas como: estado de emergência, liberdade de expressão, discriminação sexual e estupro, liberdade de imprensa, direito à vida, tortura, direito a um julgamento justo, sindicatos de trabalhadores, direitos indígenas, terrorismo, direitos das pessoas descapacitadas, entre outros.

O caso hipotético funciona como a base da competição e trata de temas atualmente debatidos no sistema interamericano. Os estudantes debatem o caso através de um memorial escrito e de argumentos orais apresentados perante especialistas em direitos humanos que atuam nos moldes da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Este ano o caso hipotético chamava-se “Caso Bolt e Outros Vs. Cardenal” que versava sobre direitos humanos, justiça transicional e lei humanitária.

Uma das etapas da competição consiste em elaborar um memorial de 40 páginas defendendo o papel que a organização lhes outorga: representantes das vítimas ou do Estado do caso hipotético, utilizando para tanto doutrina, documentos jurídicos e jurisprudência internacionais.

Em Washington, D.C., acontecem as rodadas orais, preliminares, semifinais e finais, nas quais as equipes se enfrentam perante os “juízes” da competição, defendendo a instituição que previamente lhes foram outorgadas, sendo que tal fase é dividida entre as rodadas preliminares, semifinais e final.

A Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Norte do Paraná, em 2015, participou pela 4ª vez consecutiva da Competição no vigésimo aniversário do evento.

Os acadêmicos Marco Antonio Turatti Junior e Eric Bortoletto Fontes, formaram a equipe representante da UENP na “20ª Inter American Human Rights Moot Court Competition”, que ocorreu entre 17 e 22 de maio de 2015, em Washington, D.C, EUA, orientados pelo Prof. Dr. Fernando de Brito Alves. A equipe ainda contou com a formação cedida pela Coordenadoria de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Norte do Paraná do curso “Research Connect” do British Council, com dicas em diversos aspectos, como de escrita e oratória para apresentações.

Ainda, baseado na estrutura do evento e da formação dos alunos pós-competição, o compromisso com a faculdade se mantém nas seguintes atividades, a serem desenvolvidas, como a elaboração do edital do próximo processo seletivo para o ano de 2016, baseando na experiência obtida este ano para melhorar o desempenho dos alunos nas futuras competições.

Além, da manutenção do grupo de pesquisa “Responsabilidade Internacional do Estado e Direitos Humanos” que é aberto para todos os alunos, tanto da graduação como para os alunos do mestrado. O ambiente acadêmico precisa dessa troca de experiências e novas informações sobre o tema são bem-vindas de todos os tipos de eventos jurídicos nacionais ou internacionais.

Os grupos são liderados pela equipe envolvida no projeto, já que o estudo é de grande dedicação sobre o tema, tanto no tema dos Direitos Humanos, como também no funcionamento da Corte Interamericana, assim despertando o interesse sobre o assunto e mantendo a curiosidade para a manutenção do grupo.

Outra grande contrapartida é a internacionalização e o destaque da Universidade Estadual do Norte do Paraná dentro do contexto mundial dos Direitos Humanos, tendo a possibilidade de incrementar o currículo com o prêmio da Competição que é uma bolsa de estudos no tema de Direitos Humanos.

A equipe obteve o quinto lugar entre as equipes brasileiras representantes das vítimas, e o sétimo lugar geral entre as equipes brasileiras. Ficou em 27º lugar entre todas as equipes competidoras com seu memorial escrito. O acadêmico Marco Antonio Turatti Junior ficou em 130º na classificação individual e o acadêmico Eric Bortoletto Fontes em 152º.

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