O estudante Matheus Paulo de Sant'anna Fabris, 22, acadêmico do 5º ano de Agronomia, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus Luiz Meneghel – de Bandeirantes, voltou, neste mês de setembro, de intercâmbio realizado nos Estados Unidos. Matheus esteve fora do Brasil desde junho de 2014 e, durante esse período, estudou 11 meses na Angelo State University, Texas, e mais três meses de estágio na Pennsylvania State University, na Filadélfia, que são universidades que possuem vínculo com o projeto “Ciências sem Fronteiras”.
Em sua estadia nos Estados Unidos, Matheus teve três meses de curso de inglês e dois semestres de disciplinas obrigatórias do curso, em tempo integral, na Angelo State. Após esse período, passou a realizar estágio na Pennsylvania State, também em tempo integral, na área de controle de ervas daninhas.
Natural de Bandeirantes e filho de Paulo Alessandro e Petruska Carina, Matheus conta que o intercâmbio lhe deu a oportunidade de aprender um idioma e adquirir ainda mais experiência na sua área de atuação. “O intercâmbio me proporcionou a oportunidade de aprender o inglês, que é muito diferente dos métodos utilizados nos cursos de idiomas no Brasil. Ter esse contato com o idioma foi muito importante, e eu tive a oportunidade de conhecer a área de marketing e negociação, que é a minha área de atuação”, disse.
O estudante destacou ainda a estrutura das universidades americanas. “A Angelo State, com seus 40 mil alunos, é considerada uma universidade pequena para os padrões americanos. Ela oferecia academia gratuita, piscina, inúmeros campos de futebol, tênis e quadras de basquete. Além dos dormitórios, que faziam parte das instalações da universidade. Uma realidade muito diferente do nosso País.”
Como forma de aproveitar os conhecimentos adquiridos nos Estados Unidos, Matheus apresentará seu TCC sobre ervas daninhas, que era um projeto em desenvolvimento durante seu estágio na universidade da Pensilvânia e terá a orientação do professor Robson Osipe.
A professora Eliane Segatti Rios Registro, coordenadora de Relações Internacionais (CRI) da UENP, destaca que a experiência internacional amplia os horizontes acadêmicos, pessoais e profissionais. “A internacionalização abre a universidade para o mundo e aproxima o mundo da universidade. Assim, ao regressarem à universidade, nossos acadêmicos contribuem ao compartilhar suas experiência com seus pares, professores, em processo de reconfiguração contínua da UENP”, ressalta.
Ciências sem fronteiras
O Ciência sem Fronteiras é um programa do Governo Federal que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.
A professora Eliane Segatti informa que, infelizmente, diante da falta de recursos por parte do Governo Federal, o Programa está temporariamente suspenso, sem ofertas de novas bolsas para o ano de 2016. Por outro lado, pontua que tanto a CAPES quanto o CNPq garantem que continuarão a investir na mobilidade acadêmica, em nível de graduação e pós-graduação, em seus Editais.
Eliane acentua que, apesar de todo esse contexto adverso, a CRI tem como uma de suas metas de expansão, angariar cada vez mais recursos para otimizar a participação da comunidade universitária da UENP em experiências internacionais, na busca constante por novos parceiros e novos projetos.