Nome: Rafael Braz da Paz Oliveira.
Curso: Letras com habilitação em Português e Espanhol – 4º ano.
Origem: Universidade Estadual do Norte do Paraná – CLCA/CJ.
Destino: Universidade Nacional de Itapúa – Sede Ercanación.
Primeiramente agradeço a toda equipe da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), tanto a Eliane Segati, Coordenadora de Relações Internacionais na CRI, como a James Rios, Diretor de Cultura na PROEC. Pessoas que me auxiliaram muito desde o momento de inscrição até meu retorno da viagem.
Fui a Encarnación, capital do distrito de Itapúa no Paraguai, acompanhado do próprio Diretor e Vice da PROEC juntamente com uma segunda discente do curso de Letras, Beatriz Silva, com diferença no interesse de língua estrangeira, ela cursa inglês. Fomos selecionados para fazer parte de um projeto que tinha como finalidade levar obras artísticas de artistas regionais do norte pioneiro do Paraná para um evento internacional chamado ExpoLibro dentro da Universidade Nacional de Itapúa (UNI).
Para realização deste projeto fomos beneficiados pelo convênio ZICOSUR, o qual vem trazendo grandes avanços em relação a internacionalização dentro da UENP. A ExpoLibro aconteceu nos dias 30 e 31 de maio, 1 e 2 de junho, onde além de divulgar nossa comunidade, nossos costumes e principalmente nossa universidade tivemos a oportunidade de vivenciar os mesmos aspectos das pessoas e do país Paraguai.
Presenciamos diversas apresentações culturais e acadêmicas, vendo produções de defesa da inserção de deficientes dentro do ambiente universitário, livros escritos por uma criança de apenas seis anos, tendo reuniões com Decanos e Reitores dos centros, principalmente da área de Humanidades, cujo foco cultural é enorme, apresentando diversos projetos que já são executados dentro da UNI e que obtêm grande sucesso tanto dentro como fora da Universidade.
Ressalto neste momento o grande avanço que pude obter a partir do contato com o idioma. Estive um período na Colômbia e agora pude experimentar um pouco do regionalismo paraguaio, fazendo inferências e comparações ao modo de fala tanto formal como informal, uso de gírias e, principalmente, tive a oportunidade de escutar pela primeira vez o Guarani. Encarnación nos passou a identidade de um país nacionalista, orgulhoso de sua história, patriotas a ponto de carregarem as cores de seu país na primeira oportunidade que tiverem (vimos muitas praças arborizadas e ornamentadas com essas cores).
Voltando nosso foco a UNI, conhecemos o Coral, o Bailado, o Teatro e a Orquestra Universitária, além de estudantes que pintam obras. Vimos várias apresentações desses durante o evento e quase perdemos a apresentação da Orquestra, essa não foi escalada para o evento, e por isso voltaríamos para casa sem presenciar alguma função, no entanto, graças aos diretores que articularam um ensaio exclusivo pudemos admirar e parabenizar a dedicação desses alunos.
E falando em dedicação e acesso à cultura foi inevitável a comparação com nossa universidade e quanto temos a crescer, como acadêmicos e como indivíduos, cidadãos, viventes da pátria, defensores da cultura nacional. Os projetos são compostos por alunos de diversas áreas e diversas etapas do curso, passeando entre Humanas, Exatas, Biológicas, do ingressante ao concluinte, não há exclusão, e isso oportuniza a criação da interdiscursividade entre as áreas, encontrando objetivos comuns e estudos que podem ser aprofundados ou auxiliados.
Por este motivo gostaria de agradecer ao Reitor, ao Decano e aos Coordenadores, Diretores e Madrinha da Universidade Nacional de Itapúa, que nos colocaram em um dos melhores hotéis da cidade e nos forneceram todo a comodidade, se dispuseram a auxiliar-nos em todo momento e em qualquer necessidade, dando-nos o melhor que Encarnación e o nacionalismo do Paraguai poderia nos apresentar. Obrigado!